Por que este blog?

Leio jornal todo dia. Leio notícias na Internet eventualmente. Quase todos os dias me vejo angustiado com o tratamento, nada jornalístico e extremamente parcial, dado a algumas matérias. Já escrevi várias cartas para "VEJA", "O GLOBO", "JORNAL DO BRASIL", "FOLHA DE SÃO PAULO" na inocente crença de haver na imprensa um espaço democrático, mas me deparei com a realidade de que eles só publicam o que lhes interessa. Eles são o temido "Quarto Poder". Compartilhando minhas frustrações com um dos meus filhos, ele me disse: "Por que você não faz um blog?" Pensei tratar-se de uma gíria nova para descrever algo que se faz no banheiro. (Deu pra perceber que eu sou um quase analfabeto virtual?) Ele me explicou. Perguntei se não era muito complicado e ele me revelou que era extremamente simples. Descobri que existem coisas mais recentes como "Twitter", (que no meu tempo era algo que controlava os agudos nos aparelhos de som: na verdade,Tweeter). Talvez já exista algo mais recente. Não podemos nem piscar que a tecnologia nos atropela. Mas não tenho interesse em estar no top da tecnologia. Desejo um espaço para soltar minha voz, mesmo que este espaço seja um deserto. Ainda que você não leia, ainda que ninguém leia, pelo menos eu sei que você PODE ler e que alguém PODE ler. Ler e escrever também! Os comentários e contribuições (desde que escritos de forma civilizada) são muito bem vindos. Portanto, aqui estou eu! Não tenho a pretensão de ser um "campeão de audiência", mas volta e meia vou importunar os amigos perguntando: "Você leu?"

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A culpa é do Botafogo!

Outro dia, percebi que os ônibus de Niterói existem para confundir o usuário. No Rio, toda a frota foi modificada no que se refere ao acesso dos passageiros. Antes embarcava-se pela porta traseira, próximo à roleta e ao cobrador, e desembarcava-se pela dianteira, perto do motorista; agora embarca-se pela dianteira, a roleta e o cobrador foram trazidos para a frente do ônibus e desembarca-se pela porta traseira. Há ônibus em que o motorista é também o cobrador, mas não se altera a forma do embarque. Estas mudanças devem ter causado alguma confusão nas primeiras semanas, até que os passageiros se acostumassem a mudar o embarque da porta traseira, para a dianteira.
Enquanto isso, em Niterói, vivemos num sistema híbrido: em parte da frota de ônibus os passageiros embarcam pela traseira, em parte pela dianteira. Uma viagem tem um acréscimo de 20 minutos ou mais, pois, a cada parada, todos os passageiros buscam embarcar por uma porta que não se abre, pois é a de desembarque. Até que todos compreendam que o embarque é pela outra porta e até que os maiores de 65 anos, com seu passo naturalmente lento, se dirijam à porta certa, imaginem a perda de tempo. Isso não é um transtorno temporário de uma ou duas semanas para acostumar a população com uma nova rotina. O transtorno é a rotina.
Dizem que há coisas que só acontecem ao Botafogo. Agora vejo que há coisas que só acontecem em Niterói. Acho que descobri o mistério: o sujeito (Botafogo,) a quem tudo que é inusitado acontece, veio para o lugar (Niterói), onde tudo que é inesplicável acontece. Isso explica tudo! Explica a maluquice dos ônibus, explica os desmoronamentos, os engarrafamentos, a falta de galerias pluviais, os alagamentos em qualquer chuva um pouco mais forte, as sucessivas reeleições do mesmo prefeito pela eterna gratidão da população ao falecido pai do reeleito, a súbita e totalmente inesperada agressão de um porteiro de prédio, por um vereador tão cordato e gentil e tão reeleito quanto o prefeito...
É TUDO CULPA DO BOTAFOGO!

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